Um dos grandes papéis que o empreendedor tem dentro do seu negócio, além de ser o organizador, mentor e incentivador, ele também deve ser o controlador. Afinal, ao abrir uma empresa, muito dinheiro circula pelas mãos desse negociador, seja na hora de comprar insumos para seus produtos como também no momento de pagar contas que são as despesas fixas da empresa.
Mas como todo idealizador de projetos, você quer ver resultados e entender se esse é o melhor caminho a seguir durante a sua trajetória empreendedora. Para isso, ter lucro no faturamento é um sinal positivo de que as coisas estão andando bem. No entanto, até que os investimentos iniciais deem o retorno esperado, o empreendedor precisa trabalhar muito para equilibrar seus gastos com o que vem de receita das suas vendas.
Existe um cálculo feito no universo da administração que consegue te ajudar nisso, sabia? O nome dessa tática é equilíbrio financeiro.
Como chegar a esse valor?
Para que uma empresa consiga faturar, ela precisa antes saber qual seria o valor mínimo a se arrecadar para que o negócio não feche o mês no prejuízo. E para saber desse número, é necessário entender que se deve fazer uma análise que busque, em primeiro plano, a estabilidade do seu fluxo de caixa.
Para atingir o equilíbrio financeiro em seu empreendimento, é preciso que o valor das suas vendas seja equivalente com o valor dos seus gastos. A partir do momento que você vender mais do que gastar, você já terá lucro. Por isso, quanto menor for o custo para manter o seu negócio, mais fácil de se conseguir atingir um patamar a mais de ganhos e crescer.
Terminologias
Para não cair de paraquedas no mundo das finanças administrativas, é importante que você empreendedor compreenda os significados de algumas das principais terminologias utilizadas no universo das empresas para orientar a gestão financeira do negócio. Veja alguns exemplos:
Margem de contribuição/lucro
É o valor que é colocado em cima do custo do produto na hora da venda. O lucro que cada produto tem na hora de ir para o consumidor, ou seja, quanto você ganha a cada venda.
Custo fixo
É o investimento que se faz para manter o seu negócio ativo como: sede, funcionários, luz, internet…
Receita
É o número que você ganha por mês com a venda dos seus produtos ou serviços.
Custo variável
É o valor que você paga a mais ou a menos para uma contratação temporária, para encomendar mais produtos que não estavam previstos, por exemplo.
Cálculo
Hora de identificar valores: o cálculo necessário para saber qual é o número que corresponde ao equilíbrio financeiro da sua empresa é:
(Custo fixo/ margem de contribuição) x 100
A margem de contribuição você encontra nesse cálculo: receita – custo variável.
Para que sua empresa esteja equilibrada financeiramente é necessário encontrar esse valor final, que vai corresponder a quanto que você vai precisar vender para estar equivalente ao que você tem de despesas e investimentos.
Como melhorar esse valor
Se o valor que apareceu para você parece muito longe de ser alcançado, você pode pensar em algumas soluções para mudar esse quadro.
Para citar um exemplo você pode conseguir descontos em todo o tipo de conta que for possível. A ideia é pagar as contas adiantadas ou aproveitar períodos de promoções de fornecedores. Isso vai fazer com que o seu custo fixo diminua gerando menos gastos e mais economia para investir em outras áreas.
Outra ideia é avaliar se a infraestrutura física do seu negócio está rendendo bem para seus cálculos. Às vezes, economizando luz, trocando a loja de bairro, transformando sua empresa num e-commerce: são soluções que farão seus gastos fixos reduzirem bastante e que te darão maior margem de lucro.
Dica para quem está quase lá
Se você chegou ao tão sonhado patamar do equilíbrio financeiro, lembre-se sempre que esse não é um cenário em que seu negócio deveria ficar por muito tempo. O objetivo da sua empresa, empreendedor, é sempre gerar lucros. Assim, você garante que terá um valor a mais para realizar melhorias estruturais, criar novos produtos e serviços, contratar novos funcionários. É essa “sobra” do mês que permite ao dono da pequena e média empresa investir no seu negócio. Então, para começar a organizar esse saldo lucrativo, que tal executar a regra dos 10%?
Essa tática diz que se você reservar 10% do seu lucro todos os meses, é possível garantir um valor muito interessante no final de um trimestre ou semestre. Números esses que combinam muito bem com uma ampliação de filial, o 13º dos funcionários. Que por falar nisso, são situações que devem estar previstas dentro do seu planejamento financeiro anual, não é mesmo?
Qual o empreendedor que não quer faturar com o seu negócio? Com uma visão mais macro da sua própria empresa é possível prever e organizar tanto os custos fixos como aqueles variáveis em qualquer época do ano. Pensando sempre que ao prospectar mais clientes, sua margem de lucro pode ser também maior. Ou então ao lançar um produto novo, existem muitas técnicas de divulgação que permitem atingir o público certeiro para sua nova ação.
O mais importante é manter os gastos da sua empresa sob controle, fazer um gerenciamento eficiente do que entra e sai, uma vez que é fazendo uma boa gestão financeira e administrativa que as possibilidades seu sucesso do seu negócio aumentam cada vez mais. Pense nisso e boa sorte!