Nos últimos dias fomos surpreendidos com a notícia de que o âncora do Jornal Hoje, da Rede Globo, Evaristo Costa, que apresenta o noticiário diário ao lado da jornalista Sandra Annemberg, desde 2004, não renovou o seu contrato de trabalho com a emissora. De acordo com a algumas informações que surgiram na mídia, o jornalista ficará afastado para tirar um período sabático com a família.
Não se sabe ao certo se realmente este é o motivo da não renovação de contrato do jornalista com a emissora, mas o fato traz à tona um tema que tem bastante espaço para discussão e crescimento dentro das empresas brasileiras, que é o período sabático para colaboradores, ou seja, o tempo que o funcionário, ou até mesmo você, empresário e empreendedor, tiram para se dedicarem a projetos pessoais, voltados para o desenvolvimento do autoconhecimento, nas mais diversas esferas da vida.
Se você ainda não tem familiaridade com o assunto, mas deseja conhecer um pouco mais, para refletir sobre a aplicação dentro sua empresa, acompanhe-me nesta leitura e confira.
Período sabático nas empresas: o que significa?
Com certeza você já ouviu falar que “Fulano tirou um ano sabático para viajar e se dedicar a projetos paralelos”, certo? Esta é uma prática que tem se tornado cada vez mais comum fora do país e trata-se basicamente do período em que colaboradores dos mais diversos tipos de empresas, ficam afastados para colocarem em prática projetos pessoais que tanto sonharam e que não tenham relação com a organização para a qual prestam serviços.
Este é um momento de reflexão que o indivíduo utiliza para desenvolver o seu autoconhecimento, viajando, fazendo cursos de especialização em outros países, e assim por diante, sem que haja a necessidade de pedir demissão para isso. Ou seja, trata-se de algo realizado em comum acordo com a empresa, que garante o retorno do funcionário ao seu posto de trabalho, assim que o período sabático se encerra.
Férias X Período Sabático
Algumas pessoas podem estar se perguntando: mas isso não seriam férias? Não, pois existem diferenças pontuais entre férias e período sabático. Uma delas é com relação ao tempo de afastamento de cada um, sendo que no primeiro caso o prazo pode variar de 15 a 30 dias, e no último, o mínimo são de três meses, podendo chegar até a dois anos, dependendo da necessidade do colaborador e do acordo feito com a empresa.
Outro fator que diferencia o período sabático das férias, diz respeito à remuneração, sendo que neste último caso o colaborador recebe para ficar afastado e no sabático, como também é conhecido, a empresa não tem obrigação de pagar nada ao funcionário para que ele possa usufruir deste momento, já que trata-se de algo que não tem relação com as atividades organizacionais que o indivíduo desempenha.
Pouco disseminado no Brasil
Esta é uma prática ainda não é vista com bons olhos nas empresas brasileiras. Isso porque diversos empresários, empreendedores e gestores acreditam que o período sabático pode gerar prejuízos aos negócios, uma vez que perde-se com a ausência do colaborador. Os funcionários também têm receio de trazer a proposta à mesa, por medo de perderem seus empregos, de seu afastamento ser considerado como falta de empenho e comprometimento com os resultados organizacionais, entre outros fatores.
O que as empresas não enxergam, é que o período sabático pode ser uma maneira eficiente e assertiva de gerar engajamento e motivação, não só no colaborador que receberá o benefício, mas também nos demais, uma vez que mostra o quanto a organização leva em consideração os sonhos e objetivos de seus funcionários.
Considero que é preciso repensar a forma como os negócios são conduzidos em nosso país, pois muitas mudanças estão ocorrendo no mercado e é necessário acompanhá-las para não perder posicionamento frente aos stakeholders da empresa. Assim, vejo que conceder esse benefício aos colaboradores, desde que a relação entre a organização e o funcionário seja madura o suficiente para isso, tem maiores possibilidades de trazer resultados positivos para a empresa como um todo e também para empregado.
Minha dica é que você faça uma análise mais aprofundada do cenário atual de sua empresa e verifique se realmente ela comporta esta prática, que tem tudo para ganhar espaço e trazer benefícios aos mais diversos tipos de negócios em nosso país.
O que você achou de saber um pouco mais sobre este assunto? Deixe o seu comentário e continue acompanhando meus conteúdos diários, pois eles são feitos especialmente para potencializar seus resultados enquanto empresário, empreendedor e líder de mercado.